sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dia 14 de Fevereiro

Sabemos que já passou quase uma semana, mas temos andado ocupadas com final de estágio e preparações para voltar a Portugal.
No dia 14 de Fevereiro, depois de ambas termos passado uma tarde a dar voltas em Bruxelas, já fartas de ver casais aos beijinhos, fomos ao nosso bar de sempre, e fomos convidadas para irmos jantar.

Joana disse que o restaurante era muito caro, ao que o dono do restaurante diz "eu pago, eu pago"... E lá fomos nós...
O que não sabíamos era o que nos esperava lá. Pedimos para ser ele a sugerir o prato, já que era ele quem ia pagar. Depois de muitos gestos para explicar em que consistia determinada refeição, lá nos decidimos por uma das opções que ele tinha sugerido.
Apesar de não querermos entradas, o senhor veio com dois pratos de ostras, seis ostras em cada um. Depois um belo bife com croquetes de batata e molho de pimenta rosa. A meio do prato principal, decidimos ir fumar um cigarro, porque já nos estávamos a sentir muito cheias.

Depois do cigarro e mais um esforço, acabámos o prato principal e... o patrão sugeriu uma sobremesa!! Uma sobremesa de gelado, deliciosa, em forma de coração, não tivesse esta sido preparada especialmente para o dia dos namorados.

Mais uns dedos de conversa, mais um cigarro, e conseguimos pedir o café. Joana, a muito custo, pede uma garrafa de água...sim, a muito custo, porque ia tudo ser pago pelo dono do restaurante, e só o prato principal era 35 euros cada um.

Conversa para aqui com o patrão, conversa para ali com um dos empregados, conversa para além com o cozinheiro quando este aparecia... e tivemos de ir beber um Martini ao bar, porque sentíamos que a melhor maneira de ir para casa era a rebolar.

Antes de virmos para casa, o dono do restaurante apareceu também no bar, e não nos deixou pagar os Martinis, por mais que a Joana fizesse ar de quem sentia que já era demais.

Já deitadas na nossa caminha, sentimo-nos satisfeitas com a noite, em que fomos tratadas como princesas, e comemos uma refeição divinal.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dia em Bruges

O dia passado em Bruges, com os pais da Sofia, foi um dia muito cómico. Joana tinha já a sua nova máquina, pelo que as fotografias estão com boa qualidade.
O pai da Sofia aparece em várias, mesmo sem querer, e foi eleito o melhor emplastro de sempre.

Logo no início da viagem, estávamos nós muito bem instalados, vem uma senhora dizer, depois de ver o nosso bilhete, que estávamos na classe errada... tal não é a nossa atracção pela primeira classe, nem reparámos que estávamos lá sentados, e fomos recambiados para a segunda. Quer dizer, o pai da Sofia diz ter notado que estava um número 1 na carruagem, mas não quis dizer nada.

Primeiro, e porque não podíamos faltar à regra, ainda andámos durante alguns minutos em sentido contrário ao que queríamos, mas descobrimos um hospício. Agora já sabemos onde queremos ser internadas caso seja necessário, porque aquilo de facto era maravilhoso.

Chegando ao centro, ficámos todos maravilhados com a arquitectura, com as ruas, e só não achámos foi muito útil estar tudo escrito em holandês.

Andámos muito, muito, muito, e só tivemos pena de estar um dia tão ventoso, porque é uma viagem linda.

Para além de não conhecermos a língua, ficámos chocados com os preços das coisas.

Descobrimos uma cerveja típica de lá fantástica, e comemos umas batatas fritas deliciosas.

Aquela zona era linda, e não tínhamos noção da quantidade de fotografias que tirámos.

Ainda nos perdemos para voltar à estação de comboio, mas foi algo facilmente resolvido, visto que a Joana dessa vez acertou nas pessoas a quem pedir direcções (em inglês, obviamente, que de holandês não pesca nada).


The crazyness of London

E cá está o prometido post sobre a nossa viagem a Londres.

Fomos numa sexta-feira, em que tínhamos folga de estágio, e voltámos no domingo seguinte. Neste momento achamos de que devíamos ter lá ficado uma semana, visto que em dois dias vimos muita coisa, mas fartámo-nos de andar...
Quando íamos no comboio íamos ficando cada vez mais tristes porque à medida que avançávamos, o sol ia ficando para trás. Sabemos que Londres também não é famoso por ser um país solarengo, mas ainda assim tínhamos esperança que o sol não nos abandonasse.

Quando chegámos começámos logo a bater o dente. Afinal Bruxelas até pode ser uma cidade quentinha...
Lá andámos em busca do metro, e pedimos dois mapas, um para cada uma, porque sabíamos que o metro de Londres é super-confuso. Ao olharmos para os mapas, assustámo-nos durante uns segundos, mas depois prosseguimos a nossa aventura... afinal eram quase 16 horas, e tínhamos dito que chegaríamos ao hostel entre as 17 e as 18 horas... sabendo como somos orientadas, achámos por bem não perder muito tempo.

De facto chegámos a horas, apesar de ainda termos andado durante uns 10 minutos em sentido contrário e Joana ainda conseguiu a proeza de ir pedir informações a um polícia que tinha começado a trabalhar naquele dia, e que nem sequer era de Londres, e que sabia tanto como elas. 

Chegadas ao hostel, dirigiram-se de imediato à recepção,e quando a Joana entrega o seu BI a rapariga pergunta se somos brasileiras, ao que nós respondemos que somos portuguesas. Tal não é o nosso espanto e felicidade, quando ela começa a falar connosco numa língua conhecida. Ela sim, era brasileira.

Tudo começou bem, até chegarmos ao quarto, que iríamos dividir com mais 6 pessoas, e vermos que se encontrava habitado por mais três... tudo rapazes, um deles com um aspecto um tanto ou quanto psicótico, que mal abria a boca para falar (simpatia em pessoa, como podem ver, que nem sabemos de onde era), o outro era um romeno que só sorria, e também quase não falou, para além do "hello", e, por último, um rapaz da Nova Zelândia, esse sim, um rapaz simpático e normal...mas que foi embora logo na manhã seguinte.
A nossa salvação foram duas francesas que chegaram pouco depois de nós para ocupar as restantes camas do quarto.
Obviamente juntámo-nos as quatro, e fomos descobrir Londres, visto que elas também não conheciam. Elas, tal como nós, também tinham um sentido de orientação fantástico, e também andámos as quatro em sentido contrário à Tower Bridge durante alguns minutos (e elas tinham mapa).

Depois de muitas fotos (apesar da máquina fotográfica estar com uns problemas técnicos em que metade das fotos dessa noite não se podem aproveitar) fomos jantar fish and chips. As francesas voltaram ao hostel depois de jantar, e nós continuámos a nossa aventura por Londres até irmos parar a um pub que nos pareceu interessante. O pior foi que ficámos cá fora a terminar o cigarro, e dois personagens muito estranhos vieram meter conversa connosco num inglês que mal percebíamos. Uma frase de engate que ficou famosa nessa noite foi quando um deles diz para a Sofia que ela tem uma boa estrutura óssea da face. Joana, por seu lado, tentava afastar o outro personagem, muito parecido ao Austin Powers, dizendo que ela e Sofia não queriam ir ao karaoke porque não conheciam nenhum dos cantores dos que havia nas listas, e dizendo nomes de bandas alternativas que de certeza que não existiriam ali.

Entrámos no pub, e os dois sempre atrás de nós, até nós pedirmos duas Guiness (mal de nós, já vão perceber porquê, mais à frente) e eles finalmente perceberem que não íamos para o pub onde havia karaoke com eles.

Depois das Guiness, pensámos em ir para casa, mas no fim da rua um rapaz dá-nos dois tickets para bebida grátis num restaurante/bar que tinha música que nos chamou a atenção. Claro que aproveitámos,e foi o melhor que fizemos. Ao chegarmos ao balcão um rapaz começa a meter conversa connosco e paga-nos 2 vodka redbull. O patrão desse rapaz, um "cota" muito porreiro, fez de nosso guarda-costas parte da noite.  Um grupo de rapazes que tinha estado já no primeiro pub entra, e fica ao pé de nós a dançar, mas olha, olha, olha, e nenhum deles diz nada, a não ser quando se vão embora, em que um se vira para Joana e diz "goodbye" e pisca o olho... Sim, quando se vão embora é uma boa altura para meterem conversa.

Muita dança, muito riso, amizade com dois gays que lá estavam, e finalmente Joana faz amizade com um rapaz italiano que lá estava, e que descobre ser da família do dono desse restaurante/bar (só amizades importantes).

Resumindo, a primeira noite foi uma loucura, que nos fez ficar apaixonadas por Londres. Chegámos ao hostel estafadas, mas felizes da vida. Colocámos os despertadores para as 9h30 da manhã, para ainda apanharmos o pequeno-almoço que eles ofereciam até às 10horas.

De manhã acordámos cheias de força e genica, fomos tomar o pequeno-almoço, e de repente lembrámo-nos que os relógios estavam com a hora de Bruxelas... ou seja, acordámos às 8 horas e 30. Depois de sairmos do hostel fomos beber café ao famoso Starbucks, que existe em todo o lado, com medo que o café londrino não fosse do nosso agrado.

Dirigimo-nos, após essa pausa, a Waterloo, andámos imenso, pedimos informações a um varredor de rua e  a uma senhora cujo filho que aparentava ter 6 anos parecia assustado connosco, e chegámos com sucesso ao nosso destino. A máquina fotográfica começou a ter ataques novamente... daí as melhores fotos que temos serem maioritariamente à noite.

Percorremos parte de Londres a pé, desde Westminster até Oxford Street, sempre muito felizes da vida. Demos com uma manifestação, muitos polícias, muitos helicópteros, muita confusão, e muitas pessoas impedidas de entrar nas lojas porque alguns manifestantes tinham partido vidros. Foi basicamente mais uma aventura cheia de loucura nesta cidade.

Ao voltarmos para trás, onde nos íamos encontrar com algum pessoal da noite anterior, enganámo-nos no caminho, pelo que andámos o dobro. O pior foi que a Guiness começou a fazer efeito, e andámos durante duas horas à procura de uma casa-de-banho.

Perguntámos numa loja de conveniência, e a senhora deve ter achado que estávamos com um ar tão desesperado, que nos enviou para um pub ali mesmo ao lado. Aproveitámos para jantar e beber um bom vinho rosé.

Essa noite foi também bastante maluca, connosco sem paciência para aturar um dos rapazes que estava podre de bêbado, e a tentar despistá-lo. No pub do hostel, último local onde fomos para beber mais um copo, ele começou a dizer que estava cansado, e foi com um "tenho de ir levantar dinheiro" que se foi embora e nunca mais o vimos.

Na manhã seguinte acordámos novamente bem cedo, e fomos para o museu Madame Tussauds, onde tirámos imensas fotos. Antes disso, importa referir, que Joana foi pedir informações a um senhor que lhes diz "ah, pois, é por esta zona aqui" enquanto desenha um círculo com o indicador, dando-nos uma informação que já conhecíamos.

Descobrimos a loja dos Beatles, onde nos perdemos durante um grande bocado, e ainda o museu do Sherlock Holmes.

No comboio de volta a Bruxelas adormecemos, e quase nem demos pela viagem.

Foi, portanto, um fim-de-semana em grande, num lugar onde de certeza iremos voltar, mas, para a próxima, durante mais tempo.

Beijinhos,

Joana e Sofia

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Novidades e justificações

Para começar, queremos dizer que temos andado ocupadas. E não, não é só em noitadas e passeios, aqui também se trabalha (embora poucos acreditem nisso).

Faremos 3 posts, este, e dois amanhã, para não ficarem muito longos. Este primeiro será sobre mais uma noitada em Bruxelas, o 2º sobre a viagem a Londres, e o último sobre a nossa ida a Bruges.

Então, a nossa última grande noitada em Bruxelas foi passada entre risota e também alguns pedidos de auxílio da nossa parte.
Fomos ao bar do costume, onde o barman já nos conhece, e está sempre atento no caso de alguém muito chato se meter connosco. Na última noitada que lá fizemos, contudo, tal não era o trabalho, que ele não teve muito tempo para estar atento a nós.

Estávamos nós no nosso cantinho, a dançar e a beber uma jolinha, quando dois rapazes vieram falar connosco... giro foi o modo como meteram conversa connosco: "Querem vir para uma after-party no nosso hotel?"... obviamente que desatámos a rir. Dissemos que estávamos muito bem ali, e não íamos a lado nenhum, ao que eles comentam que tinham lá uma bebida desconhecida para nós e música portuguesa... isto para eles era: kuduro, nelly furtado, cidinho e doca, e mais uns quantos que não nos recordamos, mas que de música portuguesa não tinham nada. Os rapazes continuaram, e o nosso barman não nos salvava, pelo que a Joana teve de fazer um papel a dizer "SOS" para que alguém reparasse em nós.

A solução chegou rápido, vinda da mesa ao lado, por um grupo de romenos, em que uma das raparigas notou que nós estávamos já fartas deles. Contudo esse grupo também não era muito certo da cabeça, e de pouco nos serviu.

Um dos nossos conhecidos do bar, que é fotografo, e um outro que estava lá com ele, ainda vieram, perguntaram se éramos famosas, e tirou-nos fotos como se fossem para uma revista. Isso só serviu para arranjar mais confusão... eles não conseguiram tirar-nos de lá. Como a situação estava má, aproveitámos para gozar um bocadinho, e dissemos que éramos actrizes, e tinhamos entrado no filme "Eu Amo Você"... os dois rapazes olham um para o outro e perguntam "PS: I love you?". Lá lhes explicámos que não, que era português, e eles prometeram procurar-nos no youtube,

Finalmente, vindo da noite fria, surge o nosso Jean Pierre (que na realidade é Jean Christophe, mas que a Sofia insiste em chamar pelo outro nome), e ele sim salva-nos das garras do mal (que eram dois crominhos que não nos deixavam em paz).

O fotografo engana os outros dois com as bebidas, e quando estamos já animadas a conversar com o Jean C., a ensinar-lhe português, nem demos conta de eles se irem embora.

O resto da noite foi só rir com o fotógrafo e principalmente com o Jean Christophe a tentar falar português, e a dizer as maiores barbaridades que se possam imaginar.
Pelo menos agora, quando for a Portugal, ele já sabe pedir cerveja e tremoço, sardinha, e dizer que ama o Nilton.

Desta noite é tudo, amanhã escrevemos os outros dois posts :)

Beijinhos

Joana e Sofia